Dilma Rouseff entra para a história como a primeira mulher presidente do Brasil. Hoje, menos de 8% dos governantes do planeta são mulheres. Contando com a presidenta, o grupo é composto por apenas 18 chefes de estado ou de governo e inclui nomes como a chanceler alemã Angela Merkel e a presidente argentina Cristina Krichner.
“Há oitenta anos o Brasil proibia as mulheres de votar. Assim, ter a primeira presidenta significa mais um passo para a maturidade da política nacional. Outro aspecto importante é incentivar meninas, jovens e mulheres a ocuparem seu espaço nos Poder Executivo, Legislativo e Judiciário”, comenta a coordenadora geral do ELAS, Madalena Guilhon.
A concentração de poder masculino tem tornado lenta a entrada das mulheres brasileiras na política. Somente em 1950 foi eleita a primeira deputada federal brasileira. Em 1990, chegou ao poder a primeira mulher senadora e, quatro anos mais tarde, a primeira governadora.
“Na cronologia das mulheres nos espaços de poder e tomada de decisão, 2010 inscreve sua marca com a simbólica ruptura de uma tradição secular de exclusão política. À luz do empoderamento político das mulheres – assumido há quinze anos como compromisso mundial na IV Conferência sobre a Mulher –, o Brasil dá um passo fundamental na direção de um novo paradigma de gênero e poder, já experimentado em outras nações latino-americanas”, comentou em nota pública a Representante do UNIFEM Brasil e Cone Sul, Rebecca Reichmann Tavares.