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'Querem nos ver isoladas na Amazônia, mas através de nossas redes nós estamos entrelaçadas e fortalecidas' (15/10/2019)
ELAS

Recebemos a visita de Ruth Costa do Coletivo Sapato Preto, um dos apoiados no Edital Mulheres em Movimento 2019. Ruth conversou conosco sobre o trabalho das lésbicas negras amazônidas reunidas no coletivo. Confira a entrevista abaixo:

Quem é o Coletivo Sapato Preto?
O Coletivo Sapato Preto é um Coletivo de Lésbicas Negras Amazônidas autogestionado que debate sexualidade e racialidade trazendo a pespectiva da regionalidade.

Também sou fruto do coletivo, sou lésbica, sou cantora de samba e acabei me assumindo recentemente, no sentido de fazer algo e fortalecer outras mulheres, através do coletivo. Hoje somos 16 pessoas, cerca de 11 atuando mais de perto.


Como é o projeto que o Coletivo Sapato Preto  realiza com apoio do Edital Mulheres em Movimento?

O projeto “O espelho de Oxum: construindo narrativas de mulheres negras LBTs Amazônidas através da Diáspora na América Latina/Caribe, Colômbia e o Reino Unido”, selecionado no Edital Mulheres em Movimento 2019,  vai articular grupos e redes de mulheres negras LBTs amazônidas do Brasil com outros países da América Latina, Caribe e Reino Unido, promovendo trocas de saberes e práticas de enfrentamento ao racismo e ao sexismo em eventos internacionais e via internet.


Chamamos de “espelho” porque queremos  fazer com que outras mulheres se enxerguem. Tem uma questão muito nossa da Amazônia que é a questão do isolamento. Queremos nos conectar com outras mulheres e fortalecer uma estratégia coletiva antirracista. No final do projeto vamos fazer um grande encontro de  mulheres negras LGBTQI. Já temos um cronograma de oficinas  e fizemos parcerias com lideranças de outros grupos de mulheres negras e lésbicas de diferentes idades. O espelho também tem a ver com o diálogo entre mais novas e mais velhas.

O Mulheres em Movimento estimula parcerias internacionais, intergeracionais e intermovimentos. Qual é a importância dessas parcerias e conexões?

Queremos justamente trazer essa questão da territorialidade, quais são as pessoas que nós temos na nossa região, queremos visibilizar as potências singulares do nosso território. E também nos agregar e criar estratégias a nível nacional, que tragam transformações não só para nosso território - a Amazônia - mas para todo o Brasil e o mundo. Por isso também, novamente, o espelho: o que nos une que faz com que não me sinta tão só. Para isso, é fundamental que a gente se insira também em redes internacionais. O III Diálogo Mulheres em Movimento foi muito importante nesse sentido: abriu muitos leques de possibilidades, propiciou conversas com outras pessoas, outras redes. Você se sente amparada, ganha mais possibilidades para articular estratégias, formas de colocar em práticas nossos projetos e ideias. É como se a gente saísse da nossa bolha.

Na Amazônia a gente vê muitas mulheres lésbicas com depressão e adoecendo. Querem nos ver isoladas mas através de nossas redes nós estamos atadas, entrelaçadas e fortalecidas, e isso é transformador.


 

 
 
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