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Fundo ELAS e Instituto C&A anunciam resultado do Edital ELAS na Moda e Sem Violência (4/10/2019)
ELAS
O Fundo ELAS e o Instituto C&A anunciam o resultado do Edital ELAS na Moda e Sem Violência, que visa fortalecer mulheres que trabalham na cadeia produtiva da moda – na agricultura, na indústria, na confecção e/ou no comércio. As iniciativas vão atuar em rede pelo fim da violência nos seus espaços de trabalho, nas localidades onde vivem e comerci-alizam seus produtos.
Serão apoiados 21 projetos liderados por mulheres negras, imigrantes, periféricas, LBTs (lésbicas, bissexuais e trans), trabalhadoras domésticas, mulheres do campo e de terreiro e trabalhadoras sexuais. Algumas das ações realizadas serão oficinas e workshops de formação profissional, rodas de conversas sobre direitos e enfrentamento à violência, desfiles, publicações e documentários.
“Estamos muito felizes e orgulhosas com esse novo edital voltado especificamente para as mulheres que atuam na moda, que é uma área estratégica para avançarmos rumo ao fim da violência contra as mulheres, por igualdade e por justiça”, diz K.K. Verdade, coordena-dora executiva do Fundo ELAS.
“Estamos muito animadas com a parceria e o início dos projetos selecionados. Este trabalho vai ao encontro do nosso propósito em transformar a indústria da moda numa força para o bem, enfrentando a desigualdade de gênero e a violência contra as mulheres”, afirma Mariana Xavier, gerente do Programa Direitos e Trabalho do Instituto C&A.
Todos os grupos apoiados estarão juntos no II Diálogo ELAS na Moda e Sem Violência, que será realizado em novembro de 2019, debatendo a justiça de gênero no campo da moda e construindo estratégias conjuntas.
Por que apoiar mulheres na moda
As mulheres são maioria na longa cadeia da moda no Brasil. Desde as agricultoras que cultivam o algodão, as tecelãs que criam os tecidos, as que processam o couro, as que atuam na indústria da malha ou de calçados, passando pelas costureiras, empreendedoras da moda e pelas que comercializam as roupas. No setor têxtil, por exemplo, elas são 75% da mão de obra (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, 2017). Inclusive, as mulheres são grande parte dos consumidores desse setor.
Além da falta de reconhecimento de seu papel e seu trabalho ao longo dessa extensa e complexa cadeia, as mulheres enfrentam exploração, informalidade, condições precárias de trabalho, discriminação e outras formas de violência. Sabemos também que essa vio-lência afeta principalmente mulheres negras, jovens e adultas, imigrantes e refugiadas.
Para transformar esse cenário e contribuir para que essas mulheres vivam com autonomia e liberdade, o Fundo ELAS e o Instituto C&A lançaram o Edital ELAS na Moda e Sem Violência. Queremos acelerar a transformação da indústria da moda em direção à justiça de gênero e pelo fim da violência contra as mulheres.
Confira a lista de projetos selecionados em fundosocialelas.org/elasnamoda/
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