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Trabalhadoras negras presentes: projetos apoiados pelo Fundo Elas promovem articulação inédita no movimento de mulheres (16/7/2015)
Elas
O Coletivo de Mulheres Negras do Mato Grosso do Sul (Cmnegras/MS) promoveu, nos dias 4 e 5 de julho, uma oficina para as mulheres do Sindicato das Empregadas Domésticas de Sergipe. O encontro, uma articulação inédita no estado entre trabalhadoras domésticas e o movimento de mulheres negras, reuniu 47 mulheres na Casa da Doméstica, em Aracaju.
A oficina, voltada para a discussão sobre a violência doméstica contra mulheres negras, encerrou o projeto “Vozes Negras Femininas, Aqualtunes, Nzingas, Dandaras e Acotirenes soltam suas vozes”, apoiado pelo Elas Fundo de Investimento Social através do Fundo Fale Sem Medo, uma parceria com o Instituto Avon. “A oficina fechou nosso projeto com chave de ouro. Foi nosso primeiro encontro com as trabalhadoras de Aracaju e foi excelente”, conta Ana Alves Lopes, do Cmnegras/MS.
Ana destaca a importância desse tipo de articulação para a militância feminista e os grupos de mulheres: “Precisamos e queremos dialogar com mulheres de terreiros, quilombos, sindicatos, diversos movimentos de mulheres, e às vezes é difícil fazer uma articulação que chegue lá na ponta, alcance mulheres de outros estados”.
As trabalhadoras do Sindicato das Empregadas Domésticas de Sergipe, um dos apoiados pelo projeto "Pelos direitos das trabalhadoras domésticas do Brasil", desenvolvido pelo Fundo Elas em parceria com a Themis, comemoraram a oportunidade de dialogar com o Coletivo de Mulheres Negra de Mato Grosso do Sul: “É uma troca de experiências muito importante. Enquanto trabalhadoras domésticas, nós sabemos que a realidade, seja do local que for, é praticamente a mesma, tem muitas semelhanças. E, em relação à cor, aqui nós tínhamos dificuldade de que muitas mulheres se aceitassem como negras. Quando iam preencher as fichas para algum curso, oficina, etc, geralmente as mulheres negras se diziam “moreninhas”. Na oficina, as meninas mostraram uma outra realidade, bonita, de que ser negra não é defeito, a negritude é um orgulho. Foi maravilhoso”, contou Sueli Maria de Fátima Santos, presidente do Sindicato das Empregadas Domésticas de Sergipe.
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