Em 28 de maio, foi comemorado o Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher. No Brasil, a data também chamou a atenção da sociedade para a mortalidade materna e o aborto. Em todo o mundo, manifestações e atividades destacaram a importância de um olhar mais cuidadoso da sociedade para estes temas.
As datas reforçam decisões tomadas há 15 anos na Conferência Internacional de População e Desenvolvimento, realizada no Cairo, quando foram definidas novas metas em relação à mortalidade materno-infantil, com o reconhecimento da significativa contribuição positiva dos serviços de saúde reprodutiva.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de meio milhão de mulheres morrem todos os anos por complicações da gravidez e do parto. Na América Latina e no Caribe o índice chega a 15 mil. E no Brasil, são 4.100 mulheres mortas anualmente, alcançando o maior registro de óbitos da região.
Um novo estudo desenvolvido pelo Instituto de Medicina Social (IMS – UERJ) destaca que o risco de morrer por aborto é maior entre as mulheres negras e pardas. De acordo com o trabalho, o risco de morte de uma grávida negra cuja gestação terminou em aborto é 2,5 vezes maior do que o de brancas.
Os dados apontam para um cenário que é encontrado em quase toda a América Latina e Central: a maioria delas vivia na área rural e não obteve acesso aos procedimentos médicos adequados. Na Nicarágua, por exemplo, a organização Católicas pelo Direito de Decidir (CDD) acaba de divulgar a morte de quase cem mulheres em 2008 devido às complicações no parto.
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